Resenha: Ecos da Morte [The Body Finder - Livro Um]

maio 23, 2014


Sinopse: Violet parou o jet ski e se levantou para enxergar o fundo do lago. Uma luz matizada parecia irradiar embaixo d’água, surgindo de um ponto entre o junco e se propagando ao
alcançar a superfície. Ela nunca tinha visto nada parecido, e sabia que o espectro de luz desafiava a própria natureza ao se comportar daquele jeito.
Aquilo só podia significar uma coisa.
Havia algo morto ali embaixo.

Escrito por Kimberly Derting o primeiro livro da saga The Body Finder - Ecos da Morte conta a história de Violet Ambrose, uma adolescente que aos dezesseis anos enfrenta vários problemas desconfortáveis e dentre eles o seu dom mórbido de encontrar cadáveres, um dom que carrega secretamente desde a infância. As únicas pessoas que sabem deste segredo são os seus pais, seu tio Stephen um delegado da policia local e até então seu melhor amigo de infância Jay Heaton, por quem está apaixonada.


Na visão de Violet, o dom de encontrar cadáveres não passa de uma maldição incômoda que carrega desde pequena, entretanto na visão de Jay, encontrar mortos é mais que um dom. Dentre os cadáveres que se enquadra estão criaturas da natureza até seres humanos, mas só os de vitimas por assassinato. Nada de corpos por morte natural, apenas os de assassinato. Quando mortos, os corpos emitem um sinal (ruídos, cheiros e cores) que apenas Violet pode reconhecer, ela os chama de Ecos.  Ao emitir os ecos, Violet se sente atraída a encontra-los de qualquer maneira mesmo que ponha em perigo sua própria vida. Encontrar esses corpos é como retirar um peso da consciência e aliviar sua alma. Violet chega até criar um pequeno cemitério de cadáveres perto de sua casa para que eles encontrem a paz que tanto necessitam.

Na maioria das vezes Violet apenas encontrava cadáveres de animais deixados pelo seu gato Carl, descrito por ela como um caçador a vida toda. Mas tudo começa a mudar quando a pequena cidade vira de cabeça para baixo ao ser aterrorizada por um serial killer. Ele começa a sequestrar frequentemente jovens nas noites da cidade que na sua visão só são atraentes se estiverem sozinhas e atribuladas por algum problema.

Além de introduzir a história narrada pela visão da personagem principal, a autora introduziu no livro páginas escritas de maneira focada e sucinta na visão do assassino. Durante o livro inteiro o leitor é conduzido junto a Violet a tentar descobrir quem é ele e vice-versa, já que o próprio assassino começa a se sentir incomodado secretamente por Violet. Pois além de encontrar corpos pelos ecos, Violet é capaz de reconhecer o assassino. 

Esses ecos criam uma ponte de ligação entre a vitima e o assassino. Um exemplo básico que se permite dizer é que quando Violet ouve ruídos emitidos pelo corpo da vitima, este mesmo poderá ser ouvido pelo corpo do assassino causando uma marca irreparável e para a vida toda.

Nas páginas narradas pelo assassino, a autora desenvolveu um processo bem estruturado desde o porquê da escolha por determinada vítima até as sensações sentidas pelo serial killer. O leitor poderá se familiarizar mais com os “valores” do assassino e o seu modo de pensar. Literalmente, navegar pelo seu poder de manipulação indireta.

Ao percorrer da história o leitor notará o inicio do amadurecimento psicológico dos personagens que fará tudo ser mais emocionante e torcer pelo casal, Violet e Jay. Vale lembrar que o livro considerado como romance na mistura de um thriller paranormal, ensina a nunca confiar demais em alguém. Principalmente se este alguém é um serial killer.

The Body Finder - Ecos da Morte tem 268 páginas e foi publicado pela Editora Intrínseca com tradução desenvolvida por Rita Sussekind.


“Um verdadeiro thriller, que fará o leitor andar olhando 
para trás e se recusar a sair por aí sozinho”. – Booklist

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