Resenha: Divergente (Divergent - Vol. 1)

julho 11, 2014


Sinopse: Numa Chicago futurista, a sociedade se divide em cinco facções – Abnegação,

Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição – e não pertencer a nenhuma facção é como ser invisível. Beatrice cresceu na Abnegação, mas o teste de aptidão por que passam todos os jovens aos 16 anos, numa grande cerimônia de iniciação que determina a que grupo querem se unir para passar o resto de suas vidas, revela que ela é, na verdade, uma divergente, não respondendo às simulações conforme o previsto.A jovem deve então decidir entre ficar com sua família ou ser quem ela realmente é.E acaba fazendo uma escolha que surpreende a todos, inclusive a ela mesma, e que terá desdobramentos sobre sua vida, seu coração e até mesmo sobre a sociedade supostamente ideal em que vive.

Escrito por Veronica Roth, Divergente é uma estória de ação e romance (mas não é nada meloso).

Narrado em primeira pessoa por Beatrice Prior, a estória se passa em uma Chicago futurista, onde a sociedade, após uma revolução, foi divida em cinco facções: Abnegação, Amizade, Audácia, Franqueza e Erudição.

"Há décadas nossos antepassados perceberam que a culpa por um mundo em guerra não poderia ser atribuída à ideologia política, à crença religiosa, à raça ou ao nacionalismo. Eles concluíram, no entanto, que a culpa estava na personalidade humana, na inclinação humana para o mal, seja qual for sua forma. Dividiram-se em facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo."

“Dividiram-se em quatro facções que procuravam erradicar essas qualidades que acreditavam ser responsáveis pela desordem no mundo.[...]
-Os que culpavam a agressividade formaram a Amizade.[...]
-Os que culpavam a ignorância se tornaram a Erudição.[...]
-Os que culpavam a duplicidade fundaram a Franqueza.[...]
-Os que culpavam o egoísmo geraram a Abnegação.[...]
-E os que culpavam a covardia se juntaram à Audácia.”

Quando o indivíduo faz 16 anos, ele tem que decidir se vai continuar na facção onde nasceu ou mudará para a facção onde sua personalidade melhor se encaixa. Beatrice e seu irmão, Caleb, têm de tomar esta decisão. A garota estava começando a desconfiar da escolha de seu irmão.

Porém, Beatrice tinha algo diferente. Em seu teste (obrigatório) de aptidão para se saber em qual facção a garota se encaixava, algo deu errado no resultado. Foram dadas três facções em que Beatrice se encaixaria: Abnegação, Audácia e Erudição. Isto era uma coisa rara de se acontecer. Tão rara que Beatrice corria o risco de morrer. Ela era divergente.
O dia da cerimônia de escolha chegara. Cada indivíduo teria que fazer um corte sem seu pulso, deixando o sangue escorrer sob o símbolo da facção de sua escolha. Beatrice não sabia qual facção escolher.

"Abro os olhos e lanço meu braço para a esquerda. O sangue pinga no carpete, entre os dois recipientes. Depois, com um suspiro que não consigo conter, lanço meu braço para a frente, e meu sangue faz as brasas chiarem. Sou egoísta. Sou corajosa."

Audácia. Essa foi a sua escolha.

Quando você é iniciado na facção, sempre tem algum teste que diz se você realmente serve para a facção escolhida. Na Audácia o teste era pular de um prédio e cair dentro de um buraco minúsculo. Todos os que não passavam no teste, viravam os sem-facção. Por sorte, Beatrice (ou a Careta, como era conhecida pelos outros) conseguiu passar no teste. Aliás, ele teve de escolher um codinome. Ela escolheu Tris.

Depois do teste inicial, os iniciandos fazem vários outros testes como teste de resistência, medo, inteligência, habilidades, etc.

No teste de medo os iniciandos tem um líquido injetado em seu sangue, para que não tenham consciência. Durante o teste, os indivíduos enfrentam seus medos e este caso é conhecido como "paisagem do medo". Porém Tris tinha consciência do que estava acontecendo e, ainda por cima, conseguiu vencer todas as paisagens do medo. Tudo o que aparecia na paisagem do medo, aparecia em uma tela para os instrutores. Aparentemente, Tris tinha somente seis medos - um recorde e um risco para uma inicianda, pois só divergentes conseguem ter resultados assim.

O instrutor dos iniciandos era Quatro. Forte, musculoso, alto e bonito. De cara, Beatrice e Quatro não se deram muito bem.


"- Pensei que teria problemas com a garota da Franqueza perguntando demais - afirma ele friamente. - Agora tenho uma Careta na minha cola também?
- Deve ser porque você é tão acolhedor - digo diretamente. - Sabe? Quase como uma cama de pregos"


Mas Tris e Quatro começaram a se dar bem. Até de mais. A propósito, Tris descobrira qual era o nome real de Quatro: Tobias, o filho de seu vizinho quando ainda morava na Abnegação. Tobias era seu vizinho, praticamente.

"- Você tem medo de mim, Tobias?
- Tenho pavor - responde ele, sorrindo.
Eu viro a cabeça para frente e beijo a cavidade sob a sua garganta.
- Talvez você não continue na minha paisagem do medo - murmuro.
Ele inclina a cabeça para baixo e me beija devagar.
- Aí, todos poderão chamar você de Seis.
- Quatro e Seis - digo."


Tris descobre que a Erudição tem um plano, onde a governanta desta facção pretende dominar todas as facções através de um soro, que faria com que todos obedecessem aos comandos da governanta, como robôs.

Mas Tris é divergente. Será que ela conseguirá combater o governo junto com a ajuda de Tobias? Ou será mais uma controlada, ou até mesmo… morta? É esta a dúvida que nos persegue até lermos o próximo livro.

Veronica Roth conseguiu criar uma estória única e diferente do tipo "futuro pós-apocaliptíco". Eu já vi e ouvi muita gente comparando Jogos Vorazes (leia a resenha aqui), mas são estórias totalmente, talvez com a única semelhança de que são estórias de um futuro pós-apocalíptico. Se você ler a resenha de Jogos Vorazes e comparar com esta resenha, verá que as duas tem estórias nada semelhantes.

Divergente tem 357 páginas e foi publicado pela editora Rocco com tradução desenvolvida por .

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