Resenha: Bela Maldade

julho 08, 2014


Sinopse: Após uma horrível tragédia que deixou sua família, antes perfeita, devastada, Katherine Patterson se muda para uma nova cidade e inicia uma nova vida em um tranquilo anonimato. Mas seu plano de viver solitária e discretamente se torna difícil quando ela conhece a linda e sociável Alice Parrie. Incapaz de resistir à atenção que Alice lhe dedica, Katherine fica encantada com aquele entusiasmo contagiante, e logo as duas começam uma intensa amizade. No entanto, conviver com Alice é complicado. Quando Katherine passa a conhecê-la melhor, percebe que, embora possa ser encantadora, a amiga também tem um lado sombrio. E, por vezes, cruel. Ao se perguntar se Alice é realmente o tipo de pessoa que deseja ter por perto, Katherine descobre mais uma coisa sobre a amiga: Alice não gosta de ser rejeitada... 


Escrito por Rebecca James, Bela Maldade é um thriller psicológico que leva a crueldade a novos limites. O livro é tratado em primeira pessoa por Katherine Patterson, uma jovem de 22 anos que vive entre as dores do passado e que por isso muda o nome tentando se desvencilhar da culpa que carrega.

Antes chamada de Katie Boydell, Katherine tinha tudo o que queria. Amigos, uma família perfeita e um namorado que realmente se importava com ela, o Will. Mas tudo veio à tona quando Rachel, a sua irmã mais nova de 14 anos, teve o destino cravado para sempre.

Depois da tragédia vivida por Katie em Melbourne, ela resolve se mudar para a cidade de Sidney e viver com sua tia Viv.  Mesmo tentando se tornar invisível, por acaso da vida ou não, ela cria um laço de amizade incrível entre Alice e o seu “namorado” Robbie. Nesse novo momento, agora Katherine e não mais Katie, começa a sentir o verdadeiro prazer de ser feliz, mas conforme as amizades vão crescendo ao invés de melhorar tudo piora.

Olhei para trás, na direção de Rachel, e nesse exato momento Sean levantou a cabeça. Pareceu olhar direto para mim. Não sei se realmente me viu – nunca saberei. Como eu estava num lugar escuro, talvez não tenha me visto, mas não fiquei esperando para descobrir. Entrei em pânico. 
Dei meia-volta e corri. Em direção á luz.

Alice não suporta perder a atenção de alguém, e por isso começa a pôr literalmente as garras para fora. Além de egocêntrica, narcisista e manipuladora, Katherine descobre que a sua nova amiga pode ser considerada uma pessoa realmente doente. Uma psicopata. E quando tudo parece estar novamente tranquilo Alice reaparece e coloca a vida de Katherine totalmente para baixo, e novas lembranças dolorosas acontecem.


Não pense que vai conseguir se safar assim – diz, e sua voz é um zumbido baixo e feroz. – Sei que pessoas como você pensam que as pessoas como eu são dispensáveis. Sei disso. Mas você não vai conseguir se livrar de mim tão facilmente.


Por estar muito mais do que bem divido entre os lapsos momentâneos e a vida atual de Katherine, o livro carrega de fato os perigos existentes em uma amizade baseada no “achar”. E quando falamos do egocentrismo não estamos mencionando algo que furtivamente poderia acontecer uma vez ou outra e sim a todo e qualquer tempo. É impossível não sentir remorso, alegria ou frustração ao ler as páginas desse livro.

O livro é cercado de personagens com caraterísticas realmente diferentes e isso dá o poder de entender e combina-los de uma forma muito mais real. E apesar de estar dividida em três momentos, a história se cruza de forma fluente que acaba sem que você perceba. O final do livro é deixado praticamente em aberto e isso faz com que o leitor torça definitivamente pela felicidade de Katherine.

Bela Maldade tem 304 páginas e foi publicado pela Editora Intrínseca com tradução desenvolvida por Maria Luiza Borges.

"Esta narrativa impactante sobre a manipulação psicológica e suas consequentes tragédias apresenta um talento promissor na literatura de suspense." Publishers Weekly

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