Resenha: Insurgente (Série Divergent - Vol.2)

março 08, 2015

Sinopse: Na Chicago futurista criada por Veronica Roth em Divergente, as facções estão desmoronando. E Beatrice Prior tem que arcar com as consequências de suas escolhas. Em
Insurgente, a jovem Tris tenta salvar aqueles que ama - e a própria vida – enquanto lida com questões como mágoa e perdão, identidade e lealdade, política e amor.                                                                                                                                                      
Autor: Veronica Roth
Editora: Rocco
Páginas: 512
Publicação: 2013                                                                                                                                                                                                                                                                                                         
* pode conter spoiler*
                                                                                        
Insurgente
Que se insurge ou insurgiu.
Rebelde, insubordinado.
Aquele que possui opinião contrária, que se revolta.


Após o colapso gerado pela simulação nos integrantes da Audácia, Tris, Caleb, Tobias, Peter e Marcus fogem para a sede da Amizade situada além dos muros que cercam a cidade com intenção que a facção consiga-os refugiar. Quando chegam Johanna, a representante da Amizade, os coloca sobre condições junto aos outros membros da facção para que eles não transformem a base em um local de conflito tendo em vista que metade deles são da Audácia.

Nos primeiros dias as intenções são claramente melhoradas. Todos os refugiados estão colaborando com as atividades impostas, mas com medo do que possa acontecer Tris começa a se sentir "impossibilitada" de agir e uma pancada de pensamentos, dor e culpa tomam conta dela. 

A nossa divergente passa do medo da perda para o medo mais impossível e incompatível a um membro da Audácia: medo de armas. Desde que ela teve que forçadamente matar Will, o seu psicológico anda abalado e isso não menospreza as irritabilidades que ela começa a exercer sobre o Quatro. Basicamente Tris perde a "consciência" da importância que a sua vida tem e começa a ser induzida a mentir para Tobias descaradamente porque ele não percebe o que está acontecendo. O que acaba o enfurecendo mais ainda.


Sinto uma pontada no peito ao mentir para ele. – Está bem. – Você promete? – pergunta ele, franzindo a testa. A pontada vira uma dor, espalhando-se por todo o meu corpo, em uma mistura de culpa, medo e anseio. – Prometo – respondo.

Peter ao observar essas fraquezas utiliza-se delas e o resultado acaba em uma intervenção dos superiores da Amizade e Tris é levada a uma nova "simulação" dentro da realidade: o soro da paz.

Tobias acaba não concordando com a atitude tomada pelos superiores e decide abandonar a sede junto de Tris, logo após a Erudição invadir a sede da Amizade em busca dos refugiados. Ao irem embora, Tobias encontra força junto aos sem-facções (uma aliança que aparece inesperada) e acabam decidindo criar um exercito de infiltração (quando o mesmo é alertado por Tris que as coisas estão indo fáceis demais).

Na tentativa de aumentar as alianças o casal vai para a sede da Franqueza, mas diferente da Amizade, os dois são "convidados" a permanecer fixamente na sede até maiores esclarecimentos. Para isso Jack Kang, líder da Franqueza, submete Tobias e Tris a uma outra 'simulação': o soro da verdade.

Quando os fatos vem a tona as perturbações, mentiras e inibições começam a agir de forma exaustiva e alterada em Tobias e Tris. O casal que era próximo começa a se afastar rapidamente a relação dos dois é posta em jogo. Só então, muito depois, Tobias começa a compreender os bloqueios psicológicos de Tris da mesma maneira que ele começa a ficar obstinado por seus traumas, revelando uma enorme fraqueza sob seu pai.

No momento em que tudo parece estar bem a Erudição age e começa a invadir (liderados por Eric) a sede da Franqueza e todos os abrigos dos sem-facções em um ato covarde de sequestrar alguns de seus membros que mais tarde são mostrados como os outros complexos com refugiados divergentes.

Algumas personagens começam a morrer no desenrolar dos fatos que ligam a Erudição aos Divergentes. Tobias alerta Beatrice para que não vá mas acaba indo atras dela quando a mesma decide se entregar. E mais uma vez, os dois juntos começam a ser usados como cobaias em testes fornecidos pela Jeanine.

– O que você fez? – murmuro. Ele está bem perto de mim agora, mas não o bastante para me ouvir. Ao passar por mim, ele estica a mão em minha direção. Segura a palma da minha mão e a aperta. Aperta e depois solta. Seus olhos estão vermelhos e ele está pálido. – O que você fez? – Dessa vez a pergunta escapa da minha garganta como um rosnado. Jogo-me em sua direção, tentando escapar das mãos de Peter, mesmo que elas me machuquem. – O que você fez? – grito. – Se você morrer, eu morro junto. – Tobias olha para trás e me encara. – Pedi para você não fazer isso. Você tomou sua decisão. Essas são as consequências. 

Mais tarde Tris descobre a verdadeira intenção de Jeanine sobre os divergentes e algo que ela não esperava, por parte de Caleb, acontece.

Finalmente o exercito está pronto para agir mas ao contrário do que pensam, Tris toma algumas decisões e se alia a Marcus traindo qualquer possibilidade de confiança em Quatro. Uma verdade que pode definir o futuro da cidade surge e poucos poderão ser os sobreviventes dessa estória.

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Diferente do primeiro livro onde ocorrem inimagináveis situações perigosas com inúmeras ações e atos de bravura, Insurgente traz um contexto mais calmo e explicativo sobre os sistemas de ligação existente entre as facções e a revolta gerada entre membros das facções (erudição, audácia, franqueza, amizade e abnegação) e aos traidores às facções e os sem-facções.

Em Divergente a cidade é construída e em Insurgente a mesma é derrubada.

O livro foi escrito de maneira para ser focado nas facções da Amizade e Franqueza revelando seus interesses e indulgencias referentes aos refugiados dos ataques e aos divergente existentes. Portanto, escrever uma resenha mais do que foi escrita acima é garantia plena de um enorme e grandioso spoiler. Porque, desde o primeiro capítulo somos remetidos a inúmeras confissões e realidades não imaginadas dentro das facções.

Sinceramente não sei se foi casualidade minha mas independente disso senti uma enorme vontade que bater na Tris e no Tobias (principalmente na Veronica). 

No primeiro livro o casal acompanha a aparente harmonia existente da cidade e o mesmo acontece em Insurgente. Se a harmonia da cidade acaba, o relacionamento dos dois também. (Não levem a frase de maneira literal)

A narrativa continua pertencendo a Tris e por isso todas as dúvidas, brigas, sucessos e insucessos, colapsos psicológicos e traumas são direcionados a ela. A Tris do primeiro livro passa por uma drástica mudança comportamental e psicológica, até porque tudo começa a depender e ser culpa dela.

Todas as personagens, sem exceção, são tiradas do "ambiente conforto" e isso faz o leitor torcer muito mais pela capacidade que cada um tem mas não percebe.

Insurgente não foi feito para apenas ser lido e sim repensado, pois agora mais do que nunca as falhas vão começar a surgir e você vai precisar estar preparado.
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Para quem não sabe Insurgente chegará aos cinemas no dia 18/03/2015 e oficialmente como estréia no dia 19/03/2015. Dois dias antes do EUA. #BRÉBR

Confira o trailer recente de Insurgente, e não se esqueça: Uma escolha pode te destruir




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