Resenha: A Herdeira

maio 14, 2015

Sinopse: A Herdeira - No quarto volume da série que já vendeu mais de 500 mil exemplares no Brasil, descubra o que vem depois do “felizes para sempre”. Vinte anos atrás, America Singer participou da Seleção e conquistou o coração do príncipe Maxon. Agora chegou a vez da princesa Eadlyn, filha do casal. Prestes a conhecer os trinta e cinco pretendentes que irão disputar sua mão numa nova Seleção, ela não tem esperanças de viver um conto de fadas como o de seus pais… Mas assim que a competição começa, ela percebe que encontrar seu príncipe encantado talvez não seja tão impossível quanto parecia.                                                                                      
Autor: Kiera Cass
Editora: Companhia das Letras
Selo: Seguinte
Páginas: 390
Data de Publicação: 05 de maio de 2015

Meu nome é Eadlyn Schreave e não há ninguém mais poderosa do que eu.


Criada para ser uma líder forte e independente, Eadlyn nunca quis viver um conto de fadas como o de seus pais, por isso ela é totalmente descrente sobre o que é o amor. América e Maxon teve outros três filhos: Ahren, Kaden e Osten; mas por 7 minutos Eadlyn conseguiu o que nenhum outro dos seus irmãos poderiam: se tornar a futura rainha de Illéa.

Logo quando assumiram o trono e tiveram seus filhos gêmeos, Maxon e América aboliram a lei que somente primogênitos homens pudessem receber o titulo de tamanha magnitude e para tanto Eadlyn, por ser a primeira a nascer, passou a vida inteira sendo educada para se tornar a rainha.  A única coisa que eles não esperavam era que Eadlyn se tornasse mimada, egoísta e com um rei em sua barriga.

O povo de Illéa não está satisfeito com a família real e a eliminação das castas somente fez piorar a situação para ambos os lados. As castas foram abolidas para que as pessoas pudessem ter direito de escolha mas a unica que não teve esse direito foi  Eadlyn, por isso ela assume o cargo de princesa como algo funcional e não por dever e honra ao povo, o que acabou gerando desconforto aos cidadãos em ver que Eadlyn não se importa com eles. "Se todas as castas foram banidas, por que justamente eu sou obrigada a ter um cargo?" Esse é o pensamento de Eadlyn.

Com o intuito de acalmar a população, Maxon e América decidem forçadamente Eadlyn a participar de uma Seleção. Logo de início a garota rejeita e contradiz o bom senso da mãe quando a mesma disse que nunca faria a filha passar por isso, mas aparentemente, pela primeira vez, Maxon é autoritário com a filha e todo o mundo perfeito cheio de tiaras e vestidos de Eadlyn vira do avesso.

– Eadlyn, por que você não tira um tempo para pensar melhor? – meu pai propôs calmamente. – Sei que estamos lhe pedindo muito.
– Isso quer dizer que tenho opção?
Papai respirou fundo, pensativo, antes de falar:
– Bem, meu amor, na verdade você terá trinta e cinco opções.

O único escape de Eadlyn nessa prisão chamada "realeza" é o seu irmão gêmeo Ahren, que por  7 minutos não se tornou o futuro rei e mais do que nunca, a atual princesa, culpa o irmão por isso assim como os outros dois por não terem nascidos antes. Pois diferentemente, Kaden, o terceiro na linha de sucessão, tem prazer ao servir Illéa e Osten...digamos que ele seja o conflito caçula da família. Ahren, então, decide ajudar a sua irmã mais velha, lembrando-a que assim como a Seleção é de fato que aconteça cabe a ela fazer as regras.

A princesa conversa com seu pai e propõe duas condições: a Seleção somente acontecerá durante três meses e caso nesses três meses não encontre alguém a sua altura, não haverá casamento. Maxon relutante aceita sem ao menos cogitar que Eadlyn já havia programado a sentença de cada um dos candidatos da Seleção.

A Seleção se inicia e em seu transcorrer a princesa nota que todas as suas decisões só vem prejudicando mais ainda a família real. A população cada vez mais repudia a sua imagem como futura rainha e passam a apelida-la de "sem coração", levantando meramente a hipótese que na realidade Eadlyn não gostasse de garotos e sim de garotas. 

– O que diabos você fez com eles? - ele perguntou em tom acusatório.
– Nada - jurei. - Promovi uma eliminação. Queria mostrar a todos que isto é importante para mim. Como o papai fez na vez dele.
{...}
Ahren se inclinou na minha direção antes de falar:
– As filmagens te pintaram como uma viúva negra, enxotando os garotos com cara de presunção. E você se livrou de um terço deles, Eadlyn. Isso não faz os candidatos parecerem importantes. Na verdade, faz os candidatos parecerem descartáveis. 

A competição muda de figura e Eadlyn começa a perceber que encontrar um amor talvez não seja tão impossível e ruim quanto imaginava, até que um fato doloroso abala as estruturas de Illéa e uma decisão importante cabe a ela tomar.

Tenho que deixar claro uma coisa: Eadlyn não sabe o que realmente aconteceu na Seleção do seu pai Maxon, por isso ela não entende porque a família e Madame Marlee Woodwork junto ao General Aspen e Madame Lucy moram no palácio, para tanto, ela não nutre paixão pela presença deles em sua casa.

Em A Herdeira, Eadlyn é mais apegada a América, e Maxon tem um maior entrosamento com sua filha, já que é ele quem a ensina como ser uma rainha e dá conselhos de um antigo príncipe selecionador.

Outra coisa que podemos observar é o tamanho amor de Maxon por América mesmo depois de anos casados, chega a falta ar nos pulmões. Aspen mais uma vez está lá para ajudá-los, principalmente quando Eadlyn percebe durante a seleção que o general é o seu ponto forte, a sua estrutura de apoio.

– Embora para mim tenha sido difícil imaginar - ele prosseguiu -, ela é ainda mais amada que minha mãe. Gerou quatro filhos lindos, inteligentes e fortes. E tem sido toda a felicidade da minha vida

Não posso dizer que odiei a Eadlyn ou que fiquei com muita raiva dela, mas que de fato me identifiquei e muito com ela. Eadlyn não gosta de abaixar a cabeça e por isso é muito racional no que faz e deixa para escanteio o emocional. 

A Herdeira sem duvidas é muuuuuuito melhor que o livro A Seleção. Nesse último, temos a compreensão da dificuldade que é escolher uma pessoa para ser amada e se tornar seu futuro companheiro, e juro, me amargurei fielmente ao ter xingado o Maxon nos primeiros livros.

Eadlyn com certeza seria a rainha dos dias de hoje, uma mulher de opinião formada que não deixa se abater por opiniões alheias, e é claro com sua pitada de emocional.

Em um único livro A Herdeira me levou a todas as sensações sentidas nos três primeiros livros da série. Foi engraçado ver como aconteceu a progressão de cada personagem sem que afetassem suas características próprias.

Não posso deixar de mencionar também alguns erros na edição como palavras faltando letras ou a frase com sentido oposto do que realmente quer dizer, outros com falta de acentuação. Pelo visto o tradutor estava com fome, não? rs.

A narrativa da Kiera continua no mesmo pique, flui bastante rápido e conota bem a personalidade forte de Eadlyn. Só me resta esperar para o último livro e continuação de A Herdeira


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