Resenha: A Escolha ( Seleção - Livro Três)

abril 08, 2015

Sinopse: A Escolha - A Seleção mudou a vida de trinta e cinco meninas para sempre. E agora, chegou a hora de uma ser escolhida. America nunca sonhou que iria encontrar-se em qualquer lugar perto da coroa ou do coração do Príncipe Maxon. Mas à medida que a competição se aproxima de seu final e as ameaças de fora das paredes do palácio se tornam mais perigosas, América percebe o quanto ela tem a perder e quanto ela terá que lutar para o futuro que ela quer.                                                                                      
Autor: Kiera Cass
Editora: Seguinte
Páginas: 352
Publicação: 2014                                                                                                                                      

O palácio vem enfrentando tempos difíceis e cada vez mais se torna impossível o combate durante as invasões dos rebeldes nortistas e sulistas. Os guardas estão pedindo despensa, os ataques nas castas mais inferiores estão aumentando de maneira constante e para América, assim como para todo o povo de Illéa, o tempo tem se tornado o seu pior inimigo.

Desde que entrou na Seleção, América sempre foi a candidata mais provável a se tornar a futura princesa de Illéa, mas agora que as concorrentes são bem mais limitadas ela passa a perceber o quanto os seus laços com Aspen Leger dificultaram esse processo.

Em A Elite, América deixa claro: ela quer o príncipe e irá lutar finalmente na competição para tê-lo. Mas infelizmente, em A Escolha, esse pensamento não se segue e uma nova montanha-russa emocional passa a acontecer. América continua a ter dúvidas quanto aos seus sentimentos e por isso volta a ter os seus relacionamentos com Aspen, só que desta vez de maneira distanciada. Isso porque o nosso tão amado príncipe Maxon que pouco antes tinha olhos somente para América passa a admirar as outras garotas e na infelicidade do momento, o lugar que era tomado por seu é prontamente ocupado por Kriss.

O rei obviamente percebe essa situação e passa a se aproveitar dos devaneios de Maxon, e começa a sabotar cada vez mais a integridade de América durante as apresentações do Jornal Oficial, na Cerimônia de Condenação e na Festa de Chá. Com medo da autoridade do pai, o príncipe passa a se submeter mais uma vez as suas vontades e o resultado se torna claro. 

– Chegamos ao limite, Maxon. Deixei você fazer tudo do seu jeito até aqui. Agora precisamos negociar. Se você quer que essa garota fique, ela precisa ser obediente. Se é incapaz de realizar as tarefas mais simples, minha única conclusão é que ela não ama você. Se esse é o caso, não entendo como você pode querer ficar com ela para começo de conversa.

América, passa a ser ferida emocionalmente constantemente e em uma busca enlouquecida para retomar ao coração do príncipe ela decide utilizar das artimanhas que nem ela mesma sabia que tinha e mais uma vez vai perdendo as chances de provar a todos a sua importância. América se torna uma oscilação emocional sem fim e sem poder ter a compreensão de Aspen, Maxon ou qualquer familiar, o seu único objetivo passa a ser obedecer ao rei.

Todos os que já leram A Seleção e A Elite conhecem bem os aspectos de volatilidade da Meri e por conclusão própria sabemos que isso nunca viria a acontecer e realmente não acontece. Até mesmo a rainha tenta ajudá-la, mas as teimosias constantes de América faz com que ela perca um pouco da fé que tinha na garota.

No desenvolver da narrativa percebemos que a situação vai começar a ser mais difícil do que já era, pois a autora passa a incluir cenas onde Maxon, América e representantes nortistas se conhecerão. É a partir desse momento que os sentimentos dos dois passam a ser postos em jogo brutalmente, porque a preferência dos nortistas para a escolha de América e de outra participante é nítida. 

– Não vou mais tolerar ninguém dizendo com quem devo ou não me casar! É com a minha vida ue vocês estão brincando!
– E já faz anos que o palácio brinca com a vida dos outros. Cresça, Maxon. Você é o príncipe. Se você quer a maldita coroa, então fique com ela. Só que esse privilégio traz responsabilidades.

Maxon, a princípio nos dois primeiros livros nos passa a imagem da sensatez, o mesmo não acontece em A Escolha. O príncipe está mais maduro e mesmo sabendo dos seus sentimentos prefere não admitir e passa a se rebelar contra qualquer um que decida interferir nas suas decisões. Um jogo sem fim para a declaração do seu amor começa e por incrível que pareça, durante os seus momentos de rebeldia, as últimas garotas da Seleção passam a se conhecer e desenvolver uma amizade mais profunda. Por isso, as características primárias e a personalidade de cada uma delas é mudada. Quem diria hein Celeste?

Graças ao descanso dado entre elas a situação entre Maxon, América e Aspen volta a melhorar e com isso ganhamos pequenos mas belos momentos que farão os leitores perceberem que o livro A Escolha não é direcionado somente para a escolha que o príncipe fará, mas também a escolha que cada um deles farão. Isso inclui todos dentro e fora do palácio. Grandes serão os segredos revelados e os choros derramados.

O livro chega a testar a paciência do leitor de uma maneira apaixonante e ao mesmo tempo intrigante. Mas para felicidade geral, personagens dos livros A Seleção e A Elite voltam a aparecer em momentos cruciais para a sobrevivência da América e o mundo que ela conhecia literalmente desaba.

– Por quanto tempo? – perguntou calmamente, ainda sob controle.
[...]
– Depois da festa da Kriss
– Então basicamente desde o dia em que ele chegou aqui – disse, com uma nota de sarcasmo na voz.
  
Quando descobri a existência dos livros A Seleção eu me recusava emocionalmente a lê-los por dois motivos: um, achava que eles eram infantis e dois, contos de "fadas" não existem. E hoje agradeço imensamente a Kiera Cass por tê-los escrito por um único motivo: a compreensão do que é amar.

Kriss, Celeste, Elise ou América. Escolha a vossa futura Alteza Real, princesa de Illéa.

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